O rastreio no diagnóstico do TDAH
Nosso sistema ajuda a reunir informações essenciais para identificar sinais de TDAH, facilitando o caminho para um diagnóstico mais claro e seguro.
Neuropsicólogo Mauricio Maluf Barella CRP 06/178046
5/8/20243 min ler
Entenda o papel do rastreio no diagnóstico do TDAH
O diagnóstico do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) em adultos é um processo clínico que exige cuidado, tempo e análise contextual. Diferente do que muitos imaginam, não existe um exame único ou um teste isolado capaz de confirmar ou excluir o diagnóstico.
Nesse cenário, o rastreio clínico de sintomas desempenha um papel específico e importante: organizar informações relevantes antes do diagnóstico, reduzindo confusões, atrasos e interpretações precipitadas.
Diagnóstico de TDAH: um processo clínico, não um teste
O diagnóstico de TDAH é baseado em critérios clínicos definidos por manuais internacionais, como o DSM-5-TR e a CID-11. Esses critérios exigem, entre outros pontos:
presença de sintomas desde a infância;
persistência das dificuldades ao longo do tempo;
ocorrência em mais de um contexto da vida;
prejuízo funcional significativo;
exclusão de outras condições que possam explicar os sintomas.
Por isso, o diagnóstico não se resume à presença de desatenção ou inquietação, mas à análise integrada da história de vida, do funcionamento atual e do impacto real no cotidiano.
Onde o rastreio entra nesse processo
O rastreio não substitui a avaliação clínica nem define diagnósticos. Seu papel é preparatório e organizacional.
Ele ajuda a:
estruturar informações que muitas vezes surgem de forma fragmentada na consulta;
identificar padrões consistentes de funcionamento cognitivo e emocional;
mapear em quais áreas da vida os sintomas causam maior prejuízo;
diferenciar dificuldades persistentes de situações transitórias ou contextuais.
Dessa forma, o rastreio contribui para que a avaliação profissional seja mais focada, eficiente e fundamentada.
Rastreio não é diagnóstico — e isso é essencial
É comum confundir rastreio com diagnóstico, especialmente diante de testes rápidos disponíveis na internet. No entanto, essa distinção é fundamental.
O rastreio:
não confirma nem exclui TDAH;
não define tratamento;
não substitui avaliação médica, psicológica ou neuropsicológica.
Ao invés disso, ele funciona como uma ferramenta de apoio clínico, que organiza dados relevantes e facilita o diálogo entre a pessoa avaliada e o profissional de saúde.
Essa clareza protege tanto o paciente quanto o processo diagnóstico.
Por que o rastreio reduz erros e frustrações
Sintomas comuns ao TDAH, como dificuldade de concentração, procrastinação, esquecimento ou impulsividade, também podem estar presentes em quadros de ansiedade, depressão, estresse crônico, burnout, alterações do sono ou sobrecarga emocional.
Sem uma organização adequada dessas informações, existe maior risco de:
diagnósticos equivocados;
tratamentos pouco eficazes;
frustração após múltiplas tentativas de intervenção.
O rastreio contribui para reduzir esses riscos ao oferecer uma visão mais ampla e contextualizada do funcionamento do indivíduo.
O que o rastreio entrega na prática
Ao final do rastreio, a pessoa tem acesso a um relatório estruturado que reúne:
domínios cognitivos e emocionais avaliados;
intensidade e frequência das dificuldades relatadas;
impacto funcional percebido no trabalho, estudos e relacionamentos;
pontos que merecem atenção clínica futura.
Esse material não “fecha diagnóstico”, mas qualifica a investigação clínica, ajudando o profissional a direcionar melhor a avaliação e as hipóteses.
Quando o rastreio é especialmente útil
O rastreio pode ser particularmente indicado quando:
há suspeita de TDAH, mas também dúvidas sobre outras possíveis causas;
a pessoa já passou por tratamentos sem clareza diagnóstica;
existe dificuldade em relatar a própria história de forma organizada;
há receio de investir em uma avaliação completa sem entendimento prévio;
o impacto funcional está presente, mas o diagnóstico ainda não está definido.
Um passo responsável dentro do cuidado em saúde mental
O rastreio clínico não é um atalho para o diagnóstico, mas um passo responsável dentro de um processo mais amplo de cuidado. Ele ajuda a transformar queixas difusas em informações estruturadas, respeitando a complexidade do funcionamento humano.
Com mais clareza, o diagnóstico deixa de ser um rótulo temido e passa a ser uma construção clínica consciente, quando necessário.
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